MUSEU MINEIRO

HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO E DA EDIFICAÇÃO

A história do Museu Mineiro (MM) tem como primeira referência o ano de 1895, quando foi criado o Arquivo Público Mineiro (APM), cujo decreto de criação destaca a intenção de instalação do museu do estado, composto por acervo representativo da história e da arte mineira. Em 1910, ainda sob a égide do APM, a instituição foi juridicamente consolidada, abrangendo as seções de História Natural, Etnografia e Antiguidades Históricas.

Entretanto a efetiva implantação do Museu Mineiro ocorreu em 1977, quando se desvinculou do APM e foi incorporado ao Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA – MG). O prédio escolhido, um belo casarão do final do século XIX, com características ecléticas, faz parte do conjunto arquitetônico original de Belo Horizonte. A edificação foi erguida pela Comissão Construtora da Nova Capital para servir de residência do Secretário de Agricultura. A arquitetura da época marcou oficialmente a fase inicial da cidade, revelando modelos, conceitos e valores estilísticos e culturais, particularmente aqueles associados à mentalidade da elite política republicana que concretizou o audacioso projeto de transferência da capital de Ouro Preto para Belo Horizonte.

Em 1905, a edificação foi adaptada para abrigar o Senado Mineiro. Para tanto, ao seu projeto original foi anexado um grande bloco transversal, vindo até o alinhamento da rua, destinado à Sala das Sessões. Internamente, as novas dependências do prédio receberam tratamento requintado, destacando-se trabalhos pictóricos no forro e nas paredes.

Extinto o Senado Mineiro com a Revolução de 1930, suas dependências passaram a servir à Pagadoria Geral do Estado. Naquela ocasião, o edifício sofreu uma série de intervenções, incluindo alterações em sua divisão interna e nos vãos de suas fachadas.

Nos anos de 1970, com a transferência da Pagadoria para outro local, o Governo do Estado decidiu destinar o prédio ao Museu Mineiro. Em dezembro de 1978, o IEPHA – MG promoveu o tombamento da edificação e a seguir sua restauração e adaptação ao novo uso.

Em 10 de maio de 1982, o Museu Mineiro foi inaugurado. Em abril de 1984, com a implantação da Secretaria de Estado da Cultura e da Superintendência de Museus, a instituição vinculou-se à estrutura administrativa do novo órgão.

Nas décadas seguintes, foram promovidas intervenções com objetivo de garantir a salvaguarda do monumento e dotá-lo de condições essenciais para a realização de suas demandas museológicas. Ao longo da sua trajetória, o Museu Mineiro vem constituindo um acervo que representa um mosaico de referências materiais sobre os processos de formação da cultura mineira, em sua diversidade, pluralidade e extensão, tendo sua sede como uma das suas principais peças.

Em 2010, foi instituído o Circuito Liberdade e o Museu Mineiro passou a fazer parte da rede de instituições que compõem esse importante e pioneiro corredor cultural da capital mineira. Em 2015, o Circuito Liberdade passou a ser gerido pelo IEPHA-MG, o que restabeleceu o vínculo do Museu com a entidade.

Em 2017 e 2018, o Museu Mineiro passou por grande revitalização, tendo concluída a restauração da Sala das Sessões e do hall de circulação, recebido nova pintura interna e externa e outras melhorias na sua infraestrutura, além de ampliar suas instalações com a incorporação do Atrium, moderno espaço para acolhimento de seus visitantes. A antiga exposição de longa duração foi substituída pela intitulada Minas das Artes, Histórias Gerais produzida e disponibilizada ao público com novo projeto museográfico e nova concepção museológica, que incorporou a História de Minas à exibição das obras do acervo da instituição, algumas delas jamais expostas, até então.

O ACERVO

O acervo do Museu Mineiro está organizado em dezesseis coleções e é formado por objetos que documentam períodos distintos da cultura mineira. Dentre eles ressaltam-se peças de arte sacra, mobiliário, pinturas, esculturas, utensílios domésticos, instrumentos de trabalho e castigo, cerimoniais, insígnias, armaria, entre outros, totalizando cerca de 3.500 peças. Suas coleções assentam-se na concepção antropológica de cultura, que acolhe aspectos materiais e simbólicos, as esferas do fazer, do saber e do imaginário, permitindo investigar e interpretar a história de Minas Gerais e possibilitando a comunicação e fruição no espaço cultural.

Entre as coleções, destaca-se a Pinacoteca do Estado, constituída por peças recolhidas desde 1928, quando foi criada, pelo governador Antônio Carlos, a Pinacoteca Oficial do Estado, como uma seção complementar ao Arquivo Público Mineiro. O quadro Solar Tradicional, de Aníbal Mattos, retratando a Fazenda da Borda, antiga residência do inconfidente José Ayres Gomes, marcou solenemente o início da Coleção. Posteriormente, mais dez telas de Aníbal Mattos, duas obras de Honório Esteves e um quadro de Alberto Delpino foram incorporadas.

No início da década de 1970, por iniciativa de D. Coracy Uchoa Pinheiro, esposa do governador Israel Pinheiro, a Pinacoteca do Estado ganhou novo impulso. Inicialmente, foi aberta uma exposição ao público em 2 de março de 1971 em uma sala do Palácio da Liberdade. A coleção exposta foi organizada sob a coordenação do escritor Murilo Rubião e do artista e crítico de arte Márcio Sampaio, que recolheram obras do acervo do APM e o do próprio Palácio da Liberdade, além de reunirem trabalhos de artistas contemporâneos que atuavam na época. Esses artistas eram contatados para que fizessem doação de uma obra representativa de sua carreira e, muitos deles, generosamente, doaram significativos exemplares para essa finalidade. O objetivo principal dessa iniciativa era ampliar a coleção com vistas à implantação do futuro museu estadual. E isso de fato ocorreu com a instalação, na década seguinte, do Museu Mineiro, dedicado à cultura mineira.

Parte significativa dessas obras estão expostas na Sala das Sessões, com peças do acervo clássico e; no primeiro pavimento na Sala Jeanne Milde, com peças de transição e do acervo moderno.

Além do acervo da Pinacoteca do Estado, o Museu Mineiro recebe outras coleções de diversas tipologias, como também recolhe permanentemente obras de artistas de destacada produção, datadas desde o século XIX até os dias atuais, com ênfase em autores mineiros ou temas ligados à história de Minas Gerais.

MUSEU MINEIRO

Av. João Pinheiro, 342 – Lourdes

Belo Horizonte – MG,

Cep: 30130-180

(31) 3058-1587

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

Terça, quarta e sexta: de 10h às 19h

Quinta: de 12h às 21h

Sábado e domingo: de 12h às 19h

Devido ao avanço da Covid-19 em Belo Horizonte e o estabelecimento da onda roxa pelo Minas Consciente, o museu estará fechado à visitação por tempo indeterminado.

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AGENDAMENTO DE VISITAS

(31) 3269-1103

Outros contatos:

Facebook: Museu Mineiro

Instagram: @musemineiro

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